quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Neymar e o racismo sistêmico brasileiro

O racismo sistêmico brasileiro sempre conseguiu a proeza de confundir aqueles que se autodeclaram mestiços quando estes se deparam com ofensas racistas. O tal agressor xingou ou não nossa atual estrela do futebol? Não sei, pois o áudio da câmera não captou essa fala. Mas, interessante foi a expressão de espanto, indignação talvez, da nossa estrela que há pouquíssimo tempo participou de um clip travestido de gorila e, em meio à polêmica causada, afirmou que não havia problema nenhum nisso e não se considerava um gorila ou macaco. Então, por que interpelar o outro se este o chamou de macaco ou não? Nosso racismo mais uma vez foi de tamanha eficácia e benevolência por que começou a preparar nossa estrela para quando for jogar em qualquer país da Europa, onde ouvirá as ofensas racistas das arquibancadas e receberá uma casca de banana gentilmente atirada por um torcedor adversário. Espero que assim ele não fique com o rosto estampado de espanto como um ex-jogador brasileiro, também “mestiço”, ficou quando viu uma casca de banana atirada para ele enquanto escutava os urros de macacos. Foi outro que precisou ir para a alva Europa para saber que era negro. Mas, você não precisou disso, Neymar. Seja bem vindo ao mundo dos negros, irmão!



Veja a matéria no link abaixo:

Neymar acusa técnico do Ituano de ofensa racista


http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1223276-neymar-acusa-tecnico-do-ituano-de-ofensa-racista.shtml

domingo, 20 de março de 2011

Curso “LITERATURA, FUTEBOL E NEGAÇA


Salve. Positividade. Com licença para um chamado.

Edições Toró, Sarau da Fundão e Coordenadoria de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura de SP - SMC convidam para o curso “LITERATURA, FUTEBOL E NEGAÇA".

Considerando as fintas, impedimentos e soladas das relações étnico-raciais brasileiras, abrindo rumos para vivências em Arte/Educação que contemplem questões ancestrais e urgentes da população negra e do povo brasileiro em geral. Atentando à forma e ao conteúdo (separados tantas vezes falsamente).

Com oficinas, aulas teóricas, projeção de vídeos, fotografias e músicas, leituras dramáticas e mapas.

Cinco encontros aos sábados, de 02 a 30/04/2011.

02/04 – "100 anos jogando com a raça: discriminação, ascensão social, pátria e grandes negócios”, com Flavio Francisco (Historiador e Pesquisador das Mídias Negras do começo do Século XX) e Uvanderson Vítor (Sociólogo, Pesquisador das Desigualdades Sócio-raciais Brasileiras)
Com textos de Nelson Rodrigues, Gilberto Freire e João Antônio

09/04 - "De Retratos a Chuteiras – A Nação envergonhada", com Monica Cardim (Fotógrafa e Arte-Educadora, Mestranda em Estética e História da Arte).
Com textos de Lima Barreto

16/04: "Corpo Negro em futebol e teatro: Dramaturgias, cenas e ritual", com Evani Tavares (Atriz, Angoleira, Doutora em Artes pela UNICAMP):
Com textos de Cidinha da Silva e Oduvaldo Vianna Filho

23/04: "O baque do Maracanã 50 e o goleiro Barbosa – enquadro e projeção”, com Renata Martins (Cineasta atuante em Direção, Roteiro e Montagem. Educadora em Artes Visuais)
Com textos de Eduardo Galeano

30/04: "Do campinho ao estádio: Geografia das emoções e Imagens da bola preta" - com Billy Malachias ( Mestre em Geografia Humana, Pesquisador do NEINB/USP e Consultor do MEC)
Com textos de Plínio Marcos, José Roberto Torero e do cordelista José Soares


Na Biblioteca Helena Silveira: Rua Doutor João Batista Reimão, 146 (Atrás do Terminal Campo Limpo)

GRATUITO para 35 participantes, com distribuição de certificados ao final do curso.

INSCRIÇÕES no sítio www.edicoestoro.net ou na Biblioteca tel: 5841-1259

Pedagoginga - mais reflexão e menos marketing, mais fogueira e menos fogos de artifício

Allan da Rosa/ Edições Toró
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Realização: Edições Toró, Sarau da Fundão e Coordenadoria de Bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura de SP - SMC

Articulação Pedagógica: Allan da Rosa

Concepção do cartaz: Mateus 'Subverso'

Fonte: e-mail enviado por Allan da Rosa em 17 de março de 2011.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O adeus do Fenômeno

Penso que para quem gosta de futebol, hoje foi um dia triste com a notícia da aposentadoria de Ronaldo, o Fenômeno.

Craque da bola, enquanto o corpo deixou e teve vontade de saciar sua fome de gols, foi um dos melhores que vi jogar.

Lembro dos primeiros comentários nos anos 1993-1994, a Copa do Tetra e ele no meio das feras que iluminavam meus olhos no gramado do Maracanã, os gols no PSV, as pinturas de arte e força no Barcelona, as dores da Copa de 98, o choro da contusão na Inter de Milão (chorei também), a volta por cima em 2002, a farra em 2006, o retorno ao Brasil, o seu espetacular primeiro semestre de 2009 no Corinthians...

Cronos, sempre mais forte, venceu. Agora, livre das dores, da pressão, livre para entrar definitivamente no rol dos imortais do futebol mundial. Aquele que talvez tenha sido o mais humano dos craques. Obrigado, Ronaldo!

Ricardo Riso

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mais do que um jogo: o esporte e o continente africano (livro)

Lançamento do livro “Mais do que um jogo: o esporte e o continente africano” (Editora Apicuri), organizado por Victor Andrade de Melo, Marcelo Bittencourt e Augusto Nascimento, dia 10 de dezembro, a partir das 18h30, na livraria Folha Seca, à Rua do Ouvidor, n.37, Rio de Janeiro

Fonte: e-mail gentilmente enviado pela Profa. Luana Antunes Costa em 08 de dezembro de 2010.

sábado, 23 de outubro de 2010

PELÉ 70 ANOS

PELÉ 70 ANOS

Prezados(as),

O cidadão mais conhecido do mundo, de feitos que ultrapassaram as quatro linhas do velho esporte bretão, que os pouparei de numerá-los aqui é o NEGRO Edson Arantes do Nascimento, o PELÉ, que completa hoje 70 anos.

Parabéns ao Rei do Futebol, Atleta do Século, Cidadão do Mundo, referência quando o assunto é excelência em qualquer área!

Dentre tantos textos incríveis que andei lendo nos últimos dias, escolhi a primeira crônica que Nelson Rodrigues menciona Pelé pela primeira vez e já o chama de Rei.

Abraços,
Ricardo Riso


Primeira crônica de Nelson Rodrigues sobre Pelé - 25/02/1958
Santos 5x3 América, 25/02/1958, no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo

Fonte: http://blog.soccerlogos.com.br/2008/04/21/primeira-cronica-de-nelson-rodrigues-sobre-pele-25021958/

Depois do jogo América x Santos, seria uma crime não fazer de Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu confrade Albert Laurence chama de “o Domingos da Guia do ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.

O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu personagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?”. Ele respondeu, com a ênfase das certeza eternas: — “Eu”. Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?”. E Pelé: — “Eu”. Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção, que ninguém reage e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé.

Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompéia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!”. De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para frente e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe ao encalço, ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompéia e encaçapou de maneira genial e inapelável.

Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, certeza, de otimismo, que faz de Pelé o craque imbatível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a imodéstia absoluta. Põe-se por cima de tudo e de todos. E acaba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra sabe que Pelé é imprescindível em qualquer escrete. Na Suécia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante de ninguém. E é dessa atitude viril e mesmo insolente que precisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai achar todos os nossos adversários uns pernas-de-pau.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um outro 16 de junho que não deve ser esquecido

por Ricardo Riso

16 de junho de 2010, Copa do Mundo de Futebol sendo realizada na África do Sul. Em meio ao evento, torna-se imperioso recordar o que aconteceu há exatos 34 anos. Naquela época, o país vivia sob o tenebroso e injustificável regime do apartheid promovido pela minoria branca conhecida como afrikander.

No dia 16 de junho de 1976 um grupo de estudantes negros organizou uma passeata em Soweto para protestar contra a imposição do ensino do idioma dos brancos, o afrikanns, junto à língua inglesa nas escolas somente frequentadas pelos negros. Como resultado, a repressão violenta e estúpida por parte das autoridades regidas pelo apartheid aos estudantes, que combatiam o mais cruel meio assimilacionista: a imposição da língua.

No fim, em torno de 500 pessoas foram assassinadas, sendo que, dentre os mortos, o jovem de 13 anos, Hector Pieterson acabou entrando para a História por causa de uma foto que o mostra agonizando nos braços de outra pessoa. Essa imagem correu o mundo e provocou a revolta dos negros sul-africanos em diversos pontos do país.

Isso só para relembrar o quanto foi difícil e tortuoso o caminho até o fim do apartheid em 1990. Se hoje ocorre o maior evento do mundo na África do Sul, não devemos esquecer o que a população negra deste país sofreu até chegar a este 16 de junho.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Gyan, o autor do gol de Gana contra a Sérvia


Toda a África está conosco. Eu saúdo todos vocês. Nós vencemos esse jogo para vocês,
bradou Gyan, o autor do gol de Gana contra a Sérvia, hoje. 
(Fonte: Blog da Cidinha)

Lindo gesto, linda frase... extrema sabedoria pan-africana! Por enquanto, o momento mais bonito da Copa!
Ricardo Riso

O Brasil que se quer branco não elogia as mulheres negras presentes na Copa

Por Ricardo Riso

É impressionante como o racismo se apresenta nas transmissões brasileiras durante os jogos da Copa do Mundo e nos demais canais de comunicação. Há pouco, deparei-me com esta matéria no site do G1: “Gatas na partida entre Holanda e Dinamarca - Lindas torcedoras marcam presença no duelo europeu”. Trata-se de uma série de fotos tiradas das mulheres nas arquibancadas. Todas brancas, louras, lábios finos e cabelos lisos. Por outro lado, o site UOL mostra-se sensível: de trinta e nove fotos das “Musas da Copa” encontramos duas negras, ou seja, 5,13%.

A transmissão da Copa sempre destaca as mulheres nas arquibancadas. As negras estão em grande número, principalmente nos jogos das seleções africanas. Todas lindas e belas com seus cabelos trançados, magnânimos sorrisos e danças inebriantes, porém nenhum narrador destaca a beleza dessas mulheres, quando falam sobre elas, veem os estereótipos da festa constante, da alegria sem fim... Jamais, eu disse, jamais fala-se que elas são bonitas, que elas são meigas, que elas são carinhosas... Afinal, na sociedade brasileira foi vilipendiado o afeto à mulher negra, por isso a dificuldade dos narradores de transpor as qualidades que são ditas às brancas, às negras, pois às negras resta o desprezo, o nojo, quando muito o desejo sexual violento, ausente de amor.

Essa é a triste realidade de um país com maioria negra e mestiça, mas que se quer branco. Entretanto, como sou insistente, regozijo-me sempre quando os sorrisos dessas lindas mulheres negras aparecem na televisão, contrastando com alguns tenebrosos jogos desta Copa do Mundo.

Bom, enquanto aguardo que o site G1 faça um álbum com as mulheres negras da Copa, brado, em alto e bom som:

Viva às mulheres negras da Costa do Marfim!

Viva às mulheres negras de Gana!

Viva às mulheres negras de Camarões!

Viva às mulheres negras da África do Sul!

Viva, sobretudo, às mulheres negras brasileiras!!!

Época de Copa do Mundo, Barbosa merece ser lembrado

Por Ricardo Riso

A maior pena que existe para um crime no Brasil é de trinta anos. Mas desde 1950 eu sou condenado.
(Barbosa frase extraída do livro “A pátria em chuteiras – novas crônicas de futebol” de Nelson Rodrigues)

Aproxima-se uma nova estreia do Brasil em Copa do Mundo e urge recordar o jogador que sofreu a maior perseguição já afligida por um cidadão brasileiro, falamos do goleiro da Copa do Mundo de 1950, o negro Moacir Barbosa Nascimento. Pode-se perceber pela epígrafe que a declaração de Barbosa assinala a pena de vida à qual foi obrigado a viver até o dia 8 de abril de 2000, data de seu falecimento.

O drama do vitorioso goleiro Barbosa, nascido a 27 de março de 1921 na cidade de Campinas/SP, se deu após o chute fulminante do atacante uruguaio Ghiggia à meta canarinha, o fatídico gol que decretou a derrota brasileira, consagrando a seleção celeste bi-campeã na partida que entrou para a História como Maracanazzo. A tragédia maior do país, presenciada por duzentas mil pessoas, reforçou diversas máximas racistas ao jogador negro, a maior delas, talvez, a de que negro não serve para goleiro.

Esse fato motivou as artimanhas peculiares do racismo brasileiro e as suas formas perversas de exclusão. Conceito que somente foi revisto após a carreira brilhante do goleiro Dida, consagrado no Corinthians e no Milan italiano, tornando-se goleiro titular do Brasil na Copa de 2006, 56 anos depois de Barbosa. Repito: 56 anos se passaram para que um excepcional goleiro negro pudesse voltar ao gol da seleção e rompesse a barreira do preconceito.

Em razão do distanciamento temporal e das raras imagens da partida - eu, por exemplo, até hoje só vi o lance do gol, mesmo assim já com Ghiggia próximo ao gol brasileiro -, válida é a frase de Nelson Rodrigues nove anos após a funesta derrota nacional: “Quando se fala em 50, ninguém pensa num colapso geral, numa pane coletiva. Não. O sujeito pensa em Barbosa, o sujeito descarrega em Barbosa a responsabilidade maciça, compacta, da derrota. O gol de Ghiggia ficou gravado na memória nacional, como um frango eterno. O brasileiro já se esqueceu da febre amarela, da vacina obrigatória, do assassinato de Pinheiro Machado. Mas o que ele não esquece nem a tiro é o chamado frango de Barbosa.” (1)

Tristeza maior, e lembro-me muito bem dessa, se deu na concentração da seleção brasileira no dia 16/09/1993, durante as eliminatórias à Copa de 1994. O Brasil faria uma partida decisiva contra o Uruguai no Maracanã, caso perdesse não iria para o Mundial. Barbosa foi visitar a delegação nacional a convite de um jornal e foi sumariamente impossibilitado de falar com os jogadores, diante do absurdo argumento de que traria azar ao grupo. O agravante: nenhum responsável pela seleção brasileira, desde o técnico Carlos Alberto Parreira ao então e atual presidente da CBF, Ricardo Teixeira, veio a público se retratar, apesar da repercussão negativa do episódio à época (2). 43 anos depois e já com 72 anos, o goleiro ainda era estigmatizado pela derrota de 50. O azar sendo invocado para esconder o preconceito racial.

Barbosa foi quem mais penou com a derrota de 50, porém foi acompanhado, em menor escala, também pelos negros Juvenal e Bigode, este acusado de covarde por ter sido agredido pelo uruguaio Obdulio Varella. Essa foi a famosa agressão que ninguém viu, mas que a imprensa brasileira propagou nos anos seguintes, forjando mais um estereótiopo ao jogador negro: o de que era covarde.


Por isso, a razão deste texto, para demonstrar o quanto o preconceito racial brasileiro é perverso, capaz de condenar um grande goleiro por toda a sua vida apesar dos vários títulos que ganhou, tanto pela seleção brasileira (Copa América - 1949, Taça Rio Branco - 1950 e Torneio de Santiago do Chile - 1953), quanto pelo campeoníssimo Expresso da Vitória, o Vasco da Gama dos anos 1940/1950 (Campeonato Carioca de 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958; Torneio Quadrangular do Rio: 1953; Torneio Rio - São Paulo: 1958; e Sul-Americano de Clubes: 1948). Vestiu a camisa do Brasil em 22 jogos, alcançando 16 vitórias, 2 empates e 4 derrotas. Defendeu as camisas do pernambucano Santa Cruz, e dos cariocas Bonsucesso e Campo Grande, clube no qual encerrou a carreira em 1960. (3)

Ao senhor Moacir Barbosa do Nascimento, onde quer que esteja realizando sensacionais defesas, aqui termino com carinho.

Ricardo Riso

NOTAS:
(1) RODRIGUES, Nelson. A pátria em chuteiras – novas crônicas de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 69

(2) Daolio, Jocimar. A superstição no futebol brasileiro. In: Daolio, Jocimar (ORG). Futebol, cultura e sociedade. XXXX: Autores Associados, 2005. p. 10.

(3) MARTINS, Alexandre. Perfil de Barbosa – o goleiro do Maracanaço. Blog História do Futebol – Parte II. Em http://blog.cacellain.com.br/2009/05/29/perfil-de-barbosa-o-goleiro-do-maracanaco/ acessado em 14/06/2010.
FOTO 1 - Foto de Barbosa, site da CBF. Em < http://www.cbf.com.br/php/craques_copas.php?j=27 > acessado em 14/06/2010.FOTO 2 - Equipe titular da final da Copa de 1950. Em pé: Barbosa, Augusto, Juvenal, Bauer, Danilo Alvim e Bigode. Agachados: Johnson (massagista), Friaça, Zizinho, Ademir Menezes, Jair Rosa Pinto, Chico e Mário Américo (massagista). Foto do site da CBF. Em < http://www.cbf.com.br/php/copas.php?ano=1950 > acessado em 14/06/2010.



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Onde estão os jornalistas negros na imprensa esportiva brasileira?

Um dado deve estar causando estranheza aos sul-africanos: não há negros na imprensa esportiva brasileira que se encontra em solo africano, pelo menos na mídia televisiva. Torço para que eu esteja errado. Se sim, corrijam-me, por favor.


Esta é apenas mais uma peculiaridade da democracia racial brasileira.

Não seria necessário começar uma campanha de cotas para negros na imprensa esportiva, ou na imprensa televisa de um modo geral?
 
Ricardo Riso